DIDAL - Lafoensia pacari St. HIL
Descrição : O documento original foi publicado na Revista NEOgrafias (Campo Grande, MS). Veja no final a referência completa. As fotos foram retiradas do trabalho de Vânia Tonello, referência 60 no final desta página. Possui distribuição geográfica na América do Sul e América Central sendo endêmica no cerrado brasileiro.Nesse local, pode atingir de 3 a 30 m de altura ocorrendo, principalmente, em formações secundárias como capoeiras e capoeirões com dispersão ampla, porém, descontínua, nunca formando grandes populações (GUARIM; PRANCE, 1994). Por ser nativa no cerrado demonstra ser adaptada às condições físicas desse solo, no entanto, as condições ambientais em que se encontra refletem nas variações de altura ocasionando menor desenvolvimento dos espécimes de cerrado (GUARIM; PRANCE, 1994; TONELLO, 1997).
Propriedades : Antioxidante, antitumoral, anti-úlcera gástrica.
Indicação : Úlcera gástrica, gastrite, ferimentos, inflamação do útero, transtornos da vesícula biliar, emagrecimento e urticária. Vários levantamentos etnobotânicos registram o uso medicinal de sua casca nos Estados de MT e MS (comunidades de Santo Antônio do Leverger, Alto Coité/ Poxoréu, Baús/ Acorizal, Santo Antônio do Livramento, Rio Branco e entre os raizeiros de Campo Grande e Cuiabá). Nessas regiões é empiricamente conhecida como mangava-brava, candeia de caju, copinho, dedal, didal, dedaleira, pacuri, dedaleira-amarela, louro-da-serra, mangabeira-brava, pacari, pacari-do-mato, pacuri e pau-de-bicho sendo que, nos Estados de MT e MS, prevalecem os nomes mangava-brava e dedaleira, respectivamente (ARRUDA, 1994; SOMAVILLA, 1998; GONÇALVES, 1999; DE LA CRUZ, 1997; RESENDE et al., 2003). Solon et al. (2000) registram o emprego medicinal dessa droga vegetal no oeste do Paraguai, onde é conhecida como "morosyvó" e empregada oralmente (decocto) para o tratamento de câncer.
Principios Ativo : Ácido elágico, taninos.
Modo de Usar : O uso medicinal é amplo com destaque sobre o macerado aquoso para o tratamento da úlcera gástrica e gastrite. Sua utilidade também é registrada para ferimentos, inflamação do útero, transtornos da vesícula biliar, emagrecimento e urticária (GUARIM; PRANCE, 1994; DE LA CRUZ, 1997; TONELLO, 1997; SOMAVILLA, 1998; SOLON, 1999). Nas indicações de uso oral sugere-se a maceração em água ou vinho, com consumo periódico enquanto persistir o quadro patológico (DE LA CRUZ, 1997; TONELLO, 1997).
Toxicologia : Não encontrada até o momento, porêm nenhuma planta deve ser consumida em excesso e nenhum tratamento deve começar sem orientação médica. Lago (2004), em trabalho recente, buscou verificar o grau de toxicidade aguda e subcrônica das preparações medicinais caseiras (decocto e macerado aquosos) realizadas com a entrecasca de L. pacari. Conforme esse autor, a DL50 avaliada em ratos Wistar não foi alcançada na dose máxima de 5000 mg/kg sugerindo que tanto o macerado quanto o decocto não são capazes de causar danos ao usuário se soluções concentradas forem ingeridas em dose única. Quanto à toxicidade subcrônica dos extratos em diferentes concentrações, o autor afirma ter evidenciado algumas alterações bioquímicas decorrentes, provavelmente, de lesão hepática. Entretanto, também declara ser necessário reproduzir o experimento para obter resultados conclusivos.
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